Entrevista com Danillo Cocenzo

Danillo Cocenzo

Instrutor

TSKF Academia de Artes Marciais

Unidade Barro Preto

Como surgiu o interesse pelas Artes Marciais?
Apesar de, quando criança, gostar de fimes de ação e artes marciais, passei a me interessar de fato pela prática já na adolescência, influenciado em especial por jogos de video games, sendo o principal deles o Street Fighter II.



Como escolheu a TSKF como sua escola marcial?
Foi uma escolha fácil devido ao posicionamento da unidade Matriz, que era a três quadras de minha antiga residência. Mas o que me fez ter certeza de que havia escolhido o lugar certo para treinar foi a polidez e educação dos instrutores que me receberam muito bem e souberam cuidar de mim na época em que era apenas um iniciante, sem nenhuma experiência anterior com o Kung Fu.

Como é sua relação com Shifu Gabriel?
É uma relação excelente em suas mais variadas formas. Somos sócios em algumas academias e eu não poderia ter um sócio melhor, em termos de experiência e habilidade na gestão da academia. Ele também é meu Mestre, e respeito imensamente esse aspecto de nossa relação. Eu sinto que, mais do que me ensinar técnicas de Kung Fu, ele está me ensinando o caminho para que eu consiga despertar a minha Sabedoria interior. Da maneira que eu vejo, não há espaço para uma amizade entre nós, como as pessoas comuns vêem este conceito de Amizade. O que temos, como entendo, é uma relação Mestre - discípulo, que é algo que considero até mais profundo e valioso que a Amizade que entendemos normalmente.

Em muitas publicações nas redes sociais viu-se muitos ex-praticantes de Kung Fu da TSKF e praticantes de outras instituições fazer alguns comentários não muito bons em relação aos instrutores do Shifu Gabriel e dizer que vocês são como “ovelhinhas”, o que tem á nos dizer sobre isso?
Respeito totalmente a diversidade de opiniões sobre nossa escola, mesmo não concordando com elas, eventualmente. Grandes organizações como a Microsoft, Apple e EBX tem um líder e/ou um fundador de presença marcante e autoridade incontestável. Na devida escala, é assim também na TSKF e isso têm nos levado à um bom desempenho, especialmente no desenvolvimento de nossos alunos. Claro, nem sempre as pessoas concordavam com Steve Jobs ou Eike Batista, por exemplo. Neste caso, as pessoas deixavam as respectivas empresas e criavam novas empresas, com um modelo de gestão mais adequado às expectativas delas. É o mesmo que desejo aos nossos ex-praticantes e praticantes de outras instituições que fazem estes comentários: que eles sejam felizes praticando o Kung Fu onde estão agora.

As opinões do Shifu sempre é alvo de bastante comentários nas redes sociais, o que acha disso?
O Mestre Gabriel sempre teve um posicionamento de um livre pensador, muitas vezes fugindo do que entendemos como "senso comum". Isso pode causar algum choque para as pessoas eventualmente e é compreensível, mas sem dúvida, leva-as a refletir sobre suas convicções. Em alguns casos, torna estas convicções mais fortes. Em outros casos, estas convicções pode mudar e evoluir pela reflexão gerada.
O ponto é: são opiniões que nos fazem refletir, de um jeito ou de outro. Não é isso que um Mestre deve ensinar também?

Como é trabalhar na TSKF?

É um pergunta difícil de responder. Isso se deve ao fato de que não me sinto "trabalhando". Apenas transformei um dos meus hobbies na minha atividade do dia a dia, que por acaso é a forma que tenho de "ganhar a vida". Não acho que dê para enquadrar isso como trabalho.

Porque o interesse por Formula 1?
A F-1 sempre me interessou por ser um verdadeiro esporte de equipe. Claro, ao vermos o piloto e o carro, imaginamos que é apenas um esporte individual. Mas para aquele piloto e aquele carro estarem ali, foram necessários os esforços de aproximadamente 400 pessoas, entre engenheiros, projetistas, mecânicos, programadores, etc. Diferentemente de outros esportes, cada membro de equipe tem um papel único e este papel pode ser decisivo na conquista da vitória.

Como praticantes de Artes Marciais sempre admiramos alguém neste ramo, quem é seu ídolo no mundo das Artes Marciais?

Eu não creio que tenha ídolos em nossa Arte. Mas existem várias pessoas que eu admiro, como profissionais e como artistas marciais. Além do meu Mestre, creio que posso citar meus irmãos de treino Thaís Luvisotto, Antonio Carlos Pereira. Claro, existem outros tantos igualmente admiráveis, mas ficarei em dois exemplos desta vez. De fora da TSKF, tenho uma admiração especial pelo Shifu Nelson Ferreira (EUA).

Atualmente você é responsável por uma das muitas filiais da TSKF como é ter esta responsabilidade?
Acima de tudo, é uma responsabilidade com os alunos. Dentro da TSKF, eu entendo que nossa missão diária é fazer com que cada aluno saia de sua aula melhor do que entrou. Seja desenvolvendo uma técnica nova, aprimorando um determinado movimento ou aplicação e até mesmo sorrindo e/ou suando. Nossa responsabilidade é tornar a TSKF uma parte revigorante do dia do aluno.

Como é o trabalho de desenvolver Kung Fu em Belo Horizonte?
O Kung Fu em Belo Horizonte já tem um nível de desenvolvimento bom, mesmo sem a TSKF. Existem os campeonatos regionais e estaduais e há uma diversidade de estilos na cidade e arredores. Mas está sendo enriquecedor poder adicionar o "estilo TSKF" de fazer Kung Fu neste cenário, através da nossa metodologia de trabalho e estrutura. A receptividade do público tem sido ótima e temos recebido muitas visitas de ex-praticantes de longa data e também de muitos professores de outras escolas, curiosos a respeito de nossa nova unidade e abordagem de ensino.

Qual é seu Objetivo trabalhando com a TSKF?
Transformar a TSKF na maior, melhor e mais bem sucedida escola de Kung Fu de todos os tempos.

Deixe um recado aos nossos leitores:
Não aceite fazer um trabalho que você não ama verdadeiramente,apenas para poder viver. Ame o que você faz ou faça do seu trabalho atual uma ferramenta para atingir o que for necesário para você poder trabalhar com o que você ama verdadeiramente.

Abraços,

Danillo Cocenzo
Instrutor
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