Autor do Livro "Kung Fu Wing Chun"
Mestre de Wing Chun
Discípulo do Grande Mestre Li Hon Ki
Estudante do método Applied Wing Chun
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1. Porque escolheu o Wing Chun como sua arte Mãe?
SiFu Marcos – Eu comecei nas artes marciais muito
cedo, aos cinco anos já praticava Judô, mas durante a adolescência eu era
praticante de karatê e havia lido um livro do escritor Marco Natali chamado O Kung Fu de Bruce Lee, ficando, é claro, muito impressionado. Aos
doze anos, com um corpo ainda muito franzino, meus braços ficavam
ralados e machucados quando eu enfrentava em combate meus colegas mais velhos e
fortes. Talvez por querer uma saída mais fácil, talvez por não haver entendido
a técnica, eu pensava cada vez mais nas idéias de Bruce Lee, que originalmente
era um lutador de Wing Chun antes de criar o Jeet Kune Do.
Um dia, ao enfrentar um faixa-roxa muito bom, ao
invés de bloquear e contra-atacar (e novamente ferrar meus braços fracos) eu
dei um passo para o lado desferindo um soco meio que imitando uma técnica vista
naquele livro. Não foi intencional, mas aquele soco leve partiu os lábios do
colega, colocando-o fora de combate.
Bem, seja como for, depois disso fui derrotado numa
briga de rua por um marginal que era muito forte e mais velho, e aquilo me fez
achar que o Karatê não servia para eu enfrentar alguém mais forte, eu me sentia
inseguro para andar na rua. Meses depois conheci um colega de Liceu Salesiano
que praticava o Wing Chun, e eu achei que havia encontrado a solução para todos
os meus problemas. Evidentemente, as coisas não são assim tão simples, mas é
exatamente assim que o wing chun é vendido até hoje, da mesma forma como eram
quase todos os estilos do sul da China cem anos atrás, como algo superior.
· 2. Como funciona a graduação no Wing Chun?
SiFu Marcos -
Não existe graduação originalmente no Wing Chun, uma vez que nossos
antepassados tinham de manter suas habilidades em segredo por conta da
perseguição nos anos duros da Dinastia Ching. O que existe vivência. Você deve
observar, vivenciar e “esquecer”, ou seja, a arte se torna parte de você.
Vivenciamos as seis fases e cinco conteúdos técnicos originais do treinamento,
cada uma nomeada pela forma correspondente, sendo que cada conteúdo representa
um elemento da natureza na fenomenologia chinesa. São sempre as mesmas técnicas
vistas de um enfoque diferente, não existe técnica superior à outra. Atualmente,
cada escola escolhe seus métodos, uns colocam faixas e exames, outras, não.
No Wing Chun
as coisas são mais sutis...Você chega a meu Koon de Wing Chun e não conseguirá
distinguir quem é avançado ou não porque normalmente não verá uma faixa pendurada
na cintura de ninguém. Acho que isso tem um simbolismo muito forte e mostra que
a verdade está escondida nas entrelinhas. O sistema japonês de faixas,
entretanto, é mais prático, e por vezes mais transparente, por isso acho que o
Wing Chun também não seja pra todo mundo, porque exige uma grande disciplina
pessoal, ninguém irá lhe puxar. Metades das coisas em nossa luta são ensinadas,
mas a outra metade você deverá descobrir sozinho. Por isso, não é preciso ser
forte ou ter habilidade para lutar wing chun, mas você tem de ser inteligente e
perspicaz, caso contrário não terá sucesso na prática.
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3. Como é sua relação com
seu SIFU ( Mestre )?
· 4. Como funciona o ensino
do Wing Chun em seu Mo Kwun (Ginásio Marcial)?
Sifu ao lado de seus Discípulos |
Gosto de estimular meus alunos avançados a dividirem seu conhecimento
com os mais novos, então damos aula juntos, é um ato sagrado de preservação da
arte. Treinamos então forma, Chi Sao e Lap Sao, e depois começamos exercícios
tradicionais de força, e fazemos uma hora só de drills, ou tradicionais
ou adaptados à aplicação esportiva. Costumamos às vezes nos reunir em algum
local público para treinar Mai Sang Jong (a luta contra mais de um
adversário do sistema) ou algo de Judô ou Wrestling. Meus alunos são
meus amigos e costumamos sair uma vez por semana para tomar uma cerveja e ouvir
um som underground depois de nos arrebentarmos nos combates. Sou um
lutador de Wing Chun e amo o que eu faço.
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5. Muitos costumam dizer que dentro da ARTE
Kung Fu o Estilo Wing Chun é o mais “completo” e eficiente no quesito LUTA,
Qual sua opinião sobre isso?
SiFu Marcos - O Wing
Chun é uma luta desenvolvida no sul da China. Ponto. Assim como outros estilos
dessa região, e está calcado na simplificação de movimentos e grande ênfase na
explosão por meio de contra-ataques repentinos. Você tenta potencializar o uso
do seu corpo através do uso inteligente da biomecânica corporal, usando o
relaxamento mental como método para a utilização das técnicas. Isso tem uma
grande influência zen budista. Ela depende muito que o cara venha até você com
tudo, como acontece no Aikido, porque, ao menos em tese, eu sou um cara de paz,
não quero luta.
Aí vem um mestre
inconseqüente e diz que wing chun é uma luta mortal, sem regras, como se fosse
algo concebido pelo Espírito Santo, do nada, sem origem histórica, sem
especificidade na luta, que derrota qualquer lutador ou estilo, em pleno séc.
XXI. Só aceita isso quem abdica do seu direito de racionar por conta própria.
Existe aí uma sutil prepotência, uma arrogância, que não se difere muito de um
discurso religioso e sectário.
Mas quando você
argumenta que não existem resultados efetivos nas competições que provem que o
Wing Chun esteja sequer entre as dez lutas eficazes, os praticantes já tem um
discurso pronto sobre regras, que num combate “real” tudo é diferente.
Concordo, mas, onde isso é está refletido no treinamento? Uma aula de wing chun
não é muito diferente de outra luta, você chuta, soca etc. Na maior parte das
escolas você é atacado por um lutador de wing chun - que tem um jeito único de
socar e chutar - para se testar. As chances de ser agredido por alguém que se
mova deste jeito na rua são remotas. Se você não tem nem capacidade para
responder ataques convencionais de um esporte de combate, como vai se dar bem
na rua?
· 6. Vemos muitas coisas na internet a
respeito do aprendizado do Mud Jong, o que o senhor pode nos contar em relação
a este aprendizado?
SiFu Marcos -
Talvez pelo fato do boneco de madeira do Wing Chun (Muk Yam Jong) ter um
formato que pareça mais um ser humano do que outros aparelhos chineses com a
mesma finalidade os praticantes executem as técnicas como se estivem de frente
para um homem posicionado apenas “de frente” para eles, o que é um equívoco.
Isso quando não trabalham o boneco numa correria, como se fizessem
malabarismos. O boneco de madeira é desenhado daquele modo para que o
praticante, especialmente o avançado – de wing chun - trabalhe as defesas e
ângulos em bases mais ou menos híbridas, dando margem à combinação de novos
movimentos, tendo o praticante aí elementos para começar a montar suas próprias
soluções para problemas específicos com cada adversário. Esta é a principal
função do boneco. Ele não serve para se lutar contra. Sem um instrutor
especializado em Wing Chun para te orientar, usar o boneco de madeira torna-se
um ato vazio de masturbação mental exótica sem qualquer utilidade prática.
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7. Acredita que os Filmes sobre a vida do
grande Mestre Yip Man tenha sido a maior influencia para o crescimento do Wing
Chun no mundo?
Filme sobre a vida de Yip Man |
A propósito, não podemos esquecer que acabaram de lançar o “The
Grandmasters”, que seria só mais outro filme que explora a vida de Yip Man, se
não tivesse participação SiGung Duncan Leung treinando o ator principal, Tony
Leung, além do meu SiHing Henry Araneda, formado por Li Hon Ki, de meu SiBak e
amigo Josh Shaw e vários amigos que fiz e com quem treinei na China
participaram do filme, além do lutador de MMA Cung Le. Resta saber se, no final
das contas, o entretenimento vai ceder lugar para um pouco da nossa técnica
aparecer. Estamos ansiosos.
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8. No Brasil e no mundo existem vários
“Mestres” de Wing Chun, que vieram de vários outros mestres, a maior parte
sendo da Linhagem do Grande Mestre Yip Man, mas mesmo aqueles que foram alunos
dele executam aplicações diferentes das ensinadas por Mestre Duncan. Exemplo
disso é podemos ver na Internet milhares de versões da forma Sil Lin Tao e
variantes técnicas, diga-nos o porquê de tantas variantes?
Sifu em sua viagem á China |
É exatamente isso que eu faço junto a Leonardo Chamusca (preparador
físico da medalha de bronze Adriana Araújo no boxe em Londres) no MMA com Hugo
(“Wolverine” Viana, atleta que destacou-se no TUF Brazil e tem uma vitória no
UFC, pelo Team Nogueira), pegamos os conceitos do Wing Chun e criamos soluções
para certos problemas em seu jogo e criamos inúmeros outros para seus
adversários.
· 9. Não vemos no Wing Chun técnicas variadas
no uso de pernas, explique-nos o porquê?
SiFu Marcos - Essa afirmação, feita até mesmo por mestres de kung fu,
é um grande equívoco. É justamente o contrário. É corrente no kung fu a
expressão, “Pernas do Norte, Punhos do Sul”, mas no caso do Wing Chun, apesar
do foco na movimentação de braço para o entendimento da técnica, se contarmos,
veremos que temos mais golpes de pernas do que de braço, e um trabalho muito
particular de footwork que envolve triangulações entre um ou mais
adversários.
As pessoas também acham que não há golpes circulares na luta, como
cruzados e ganchos, há muita ignorância sobre estes temas. Yip Man não gostava
de ensinar os Oito Chutes de Wing Chun. Com o avançar da velhice este
conteúdo ficou cada vez mais difícil de ser ensinado por ele, porque os chutes
de Wing Chun envolvem um grande gasto de energia, sendo caracterizados quase
sempre por fortes choques no pé de apoio. É um trabalho doloroso e que leva
tempo para dominar. Mas ninguém pode usar plenamente o poder de fogo da luta
sem este recurso vital. Considero mesmo este assunto tão urgente no Brasil que
digo aqui de antemão será o tema de meu próximo livro. O curioso é que me parece
que já há professores de outras escolas pirateando nossos vídeos e copiando a
nossa técnica de maneira muito tosca, para tentar fechar a lacuna de algo que
nunca aprenderiam pela via normal. Tempos de internet...
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10. O que é mais
importante no Wing Chun?
SiFu Marcos - Eu poderia dizer um monte de coisa aqui, mas se fosse
para resumir em uma palavra, eu diria “coração”. As técnicas do Wing Chun são
sistêmicas, ou seja, tem uma lógica conceitual que liga todas as técnicas, mas
para entende-la e, mais difícil, executa-la em combate livre, é preciso estar
de todo presente. É originalmente uma luta toda calcada na antecipação, no
logro e na reação imediata. No entanto, toda a lógica, toda a inteligência do
sistema vai por água abaixo se você não tem coração. E coração não pode ser
explicado, só ser sentido. E é precisamente isso que torna essa luta uma coisa
fantástica, que sai dela mesma e se torna parte do que você é. O Wing Chun é
matemático, mas governado pela intuição. Parece contra-senso, mas eu diria que é
complementar, ele trabalha a mente interligando estes dois aspectos como poucas
artes marciais o fazem.
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11. Sem dúvida Bruce Lee foi o maior
divulgador do Wing Chun para o mundo, porém muitos não aceitam a ideia de
chamá-lo de LUTADOR ou até mesmo de MESTRE, o que tem a nos dizer sobre o
grande Bruce?
Gosto de
imaginar Bruce Lee como um cara multifacetado, inteligentíssimo, que escrevia,
desenhava, atuava, lutava, e especialmente coreografava e filmava cenas de luta
de um jeito insuperável até o presente momento. As pessoas questionam se ele
foi mestre porque ele não completou o sistema Wing Chun. Bem, você diria que um
cara que fez tudo isso não é um mestre? Complicado falar de alguém que você
nunca conheceu pessoalmente, mas como fã estudei a vida dele, e tive a sorte de
conviver com pessoas que o conheceram e o viram em ação, e elas dizem que ele
era muito bom mesmo, mas elas também não aceitam o endeusamento do cara, e acho
isso muito sensato.
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12. Você acredita que o
Kung Fu Wing Chun mudou muito em nosso país nos últimos anos?
SiFu Marcos –
Sim, sem dúvida. Quando o Wing Chun começou no Brasil, quarenta e poucos anos
atrás, as informações que dispúnhamos sobre Wing Chun eram completamente
associadas à figura do Bruce Lee e o Jeet Kune Do, que se valia de técnicas de variadas
artes e por isso mesmo dava-se pouca importância ao conceito de formação
completa na luta. Na época não existia internet, e as informações tinham de ser
obtidas importando-se livros, revistas, ou viajando para o exterior, não havia
com ter acesso aos mestres. Levavam-se anos (isto mesmo, anos!) para que uma
informação fosse checada, ou uma coisa nova fosse divulgada.
No final do
anos oitenta e começo dos noventa, a primeira leva de professores brasileiros
teve a necessidade de ir buscar mais informação e trouxe ao Brasil mestres
consagrados da clã Yip Man de diferentes estilos. O foco agora era o próprio
Wing Chun, porque com a popularidade mundial do BJJ no MMA, os mestres já não
podiam vir com aquela conversa mole sobre o Wing Chun derrotar todo mundo.
Então as pessoas começaram a prestar atenção na cultura chinesa, e o conceito
de família wing chun, os valores mais caros à arte foram sendo aos poucos
difundidos.
A virada do
século meio que encerra a fase do charlatão amador e instaura a do autodidata
bilíngüe que estuda pela internet baixando livros, vídeos etc. e pior, dos
mestres de escolas internacionais que passam a vender representações no Brasil.
A onda agora é vender status. Dizer que completou o sistema, que pertence a uma
confraria que preserva um “tesouro de shaolin”, e uma suposta verdade sobre o
sistema que foi escondida “só” por uma escola ou mestre. Mas é claro,
passaram-se mais dez anos e ninguém se formou, e a tal verdade continua tão
secreta como quando chegou (risos).
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13. O Senhor é sempre conhecido por não ter
“papas na língua” não acha que isso estraga a Figura do Sifu Marcos perante a
representação do Wing Chun?
SiFu Marcos -
Quem quer fazer a diferença, ser uma referência naquilo que faz, tem de assumir
certos riscos, quebrar algumas regras e fixar-se no que deseja se tornar, sem
se importar com crítica, especialmente de quem entende do assunto menos que
você. Eu não estou no Wing Chun pra ser só mais um, estou aqui para deixar a
minha marca. Tenho idéias originais sobre o que eu faço e quero difundi-las. Eu
não tenho dinheiro nem grande academia, mas sou um cara que luta e sabe
escrever, então, havia um espaço e eu o ocupei.
Anos atrás,
quando eu comecei a escrever, por exemplo, que o soco de uma polegada de Bruce
Lee é um truque biomecânico, quando disse em meu primeiro livro que “mais
simples e eficiente” das lutas era discurso que devia ser colocado de lado, que
a nova onda de estilos criados em cima da origem histórica do Wing Chun era
golpe para vender diploma para trouxa, foi um choque pra todo mundo, mas, no
meu caso, fundamento tudo o que eu escrevo, e isso irrita quem não está
acostumado a pensar. Mas eu digo o que penso respeitando a inteligência de quem
me lê. Releio tudo antes de postar, para criticar sem ser ofensivo. Porém,
quando o cara é pilantra eu chuto o balde, mesmo. Não tenho medo, não.
Entenda uma
coisa. Em luta sem foco em competição são sempre três personagens que raramente
se misturam: o cara mais famoso, que é o que sabe se vender, o cara que
realmente sabe, e, por último, uma massa de meeiros que não fede nem cheira. As
pessoas não aceitam sucesso fora do sul. Sabe onde está, por exemplo, uma das
melhores escolas de kung fu tradicional do Brasil – que funciona na luta - na minha opinião? Aqui
mesmo em Salvador. A família Domingues. E por que ninguém vai atrás desse
conhecimento para melhorar sua técnica? Ignorância (falta de acesso à informação)
e preconceito, porque não são chineses. Inda mais aceitar que o nordeste tenha
bons mestres. Vem gente de todo o mundo vem treinar aqui MMA, Boxe e Capoeira.
Por que não kung fu? Se eu morasse em São Paulo, não seria chamado de
problemático, mas de revolucionário.
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14. No Brasil muitos valorizam somente o
aprendizado ou aquele Mestre quando ele veio de um Mestre que seja Chinês, ou
seja, você só é bom se seu Mestre é Chinês, diga-nos sua opinião sobre isso?
SiFu Marcos - Acho que, ainda hoje, o perfil do cara que se aproxima
da cultura oriental está procurando algo exótico, misterioso, então é natural
que num primeiro momento se pense desta forma. Mas o que as pessoas não sabem é
que quanto menos ocidentalizado for seu instrutor mais dificuldade você terá
para se aproximar do seu modo de pensar. No oriente tudo é circular, o ensino
não tem um padrão fixo, linear, numérico, helenístico, não é técnica número um
e depois o número dois. Você deverá então se aproximar da língua, dos costumes,
do modo de pensar deles. Depois de um tempo, deve-se abandonar o romantismo e
focar no que realmente importa, e trabalhar duro, como uma pessoa de qualquer
etnia faz.
Com a migração de muitos dos melhores mestres chineses para USA em
busca de dinheiro e valorização profissional nos últimos 40 anos, a tendência é
que em poucos anos os melhores mestres chineses sejam substituídos por seus
alunos ocidentais, de origem chinesa ou não.
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15. Em Novembro será
realizado um Curso em Recife, conte-nos sobre o assunto.
SiFu Marcos
- Nosso curso de será de “Técnicas sistêmicas de Wing Chun para Prevenção de
conflitos e Defesa Pessoal em Situações de Estresse e Agressões”, cujo alvo
são policiais, seguranças e artistas marciais de qualquer escola ou estilo. Ele
parte da minha experiência em conflitos abertos tanto como vítima quanto
expectador, sendo que procurei selecionar as técnicas unidas conceitualmente
para proporcionar a meus cursandos ofereça uma maneira de ver aquilo que
chamamos defesa pessoal pela ótica do Wing Chun, cuja vantagem está mais na
atitude preventiva do que a combativa. Teremos uma palestra independente e
aberta ao público na noite anterior ao curso, onde explicarei a diferença entre
o wing chun e esportes de combate, porque a técnica é versátil nos conflitos
abertos, e a teoria de aplicação da técnica de wing chun em combate, tal como a
aprendi de SiGung Duncan Leung na China, fundamental para quem quer aprender
sobre o Applied Wing Chun. E mais dois dias de trabalho intensivo com
certificado emitido por mim e Mestre Li Hon Ki, que ficou animado com a
possibilidade de levantarmos o nome da família aqui no nordeste.
SiFu Marcos Abreu
Nona Geração Wing Chun Kuen Phai
E-mail:
sifu@kungfuwingchun.com.br
Website:
Blog:
Perfil Orkut:
Ohhhhhhhhhhhhhh
ResponderExcluirMaravilhosa entrevista, mas sou suspeita pra falar pois sou aluna do Sifu Marcos e adoro os treinos, adoro a galera e principalmente adoro o Sifu, justamente por ele ser do jeito que é: inteligente, sem papas na língua, MUITO BOM no que faz e AMIGO!!
ResponderExcluirGostei muito do que ele disse sobre Wing Chun vir do coração, ser intuitivo... Eu sinto a mesma coisa, consigo fazer bem as técnicas quando não raciocino nelas, elas fluem simplesmente...
Abr
Cora
Puts Grilo Sifu, Muito Foda!
ResponderExcluirOlá, amigos,
ResponderExcluirAqui é o SiFu Marcos. Venho para agradecer o grande número de acessos em apenas três dias, e o comentário de amigos queridos e pessoas que passei a conhecer depois da publicação. Eu soube que a maior parte das pessoas está tendo dificuldades para comentar a entrevista por este meio por conta de algum probleminha no subscript do Blog, mas SiFu Júlio já está cuidando disto. Enquanto isso, cliquem com o botão direito sobre a ciaxa de postagem do comentário e cliquem na opção "abrir frame em nova aba", e conseguirão digitar o código de segurança e fazer a postagem. Qualquer dúvida ou ponto adicional posso esclarecer por este meio, em meu perfil Facebook ou através do e-mail sifu@kungfuwingchun.com.br
Abraço,
Marcos.
Ótima entrevista, ao responsável pelo blog eu só tenho a dizer que repita mais vezes essa experiência, pois ai está um cara que eu, e com certeza muitos outros, admiram. Será ótimo para o blog sem dúvida alguma!
ResponderExcluirApaixonado pelo que faz, competente, assíduo e nem se fala sobre o esforço e estudo que empreende em sua área. Tem a coragem para, além de buscar aprendizado constante, pensar além do que aprendeu. Marcão, você é uma pessoa em um milhão e seu recente reconhecimento como tal me deixa feliz. Muito sucesso para quem merece Sifu, continue assim!
Ass.: Sérgio Rios
Ótima entrevista!
ResponderExcluirA forma inteligente e direta com que o Sifu Marcos explica os temas desta arte que tanto admiro realmente o faz se destacar de qualquer outro que tenha visto!
E digo isso não apenas por suas palavras, que têm esta qualidade, mas porque, como praticante de outras modalidades, tive a oportunidade de receber instruções do Sifu Marcos em cinco ocasiões e em todas elas pude perceber a aplicabilidade abrangente das idéias e combinações eficazes.
Ficamos, sem dúvidas, ansiosos para consultar o prometido novo livro...
SHOW DE BOLA!
ResponderExcluirÈ por essa sinceridade e ética quase absurdas,por esse espírito guerreiro que nos motiva sempre á darmos o nosso melhor nos treinamentos e na vida, que tenho muito orgulho de ser seu discípulo - e não somente eu, mas todos que estudam sob sua orientação.
ResponderExcluirAcompanho o blog star fight ha um certo tempo e vejo o quanto o blog tem crescido,em termos de qualidade e conteúdo. Continuem assim sempre.
Super abs á todos.
Dido
blog do DIdo
Foi uma das entrevistas mais fiéis sobre wing chun, Ip Man e Bruce Lee.
ResponderExcluirSem medo de ser feliz, expõe muitas verdades que outros tentam esconder, fala a verdade sobre o mito da invencibilidade do Wing Chun que andam vendendo aqui no RJ, que Bruce lee era o mais habilidoso e forte aluno de Ip Man, etc e tal.
Gosto desse tipo de Wing Chun, sem mentiras ou falácias. Pena que não conheça alguém do Aplied WIng Chun aqui no RJ, só Moy Yat ( considero excelente a metodologia de ensino lá ) e os que "não fedem nem cheiram".
Abraço.
Olá, Renato, tudo bem?
ResponderExcluirHouve um movimento começado no próprio Rio na vira dos 2000 - justiça seja feita - onde pessoas começaram a questionar o discurso do Wing Chun "invencível", "melhor estilo" etc. Pessoas oriundas da própria MYVT e adjacências começaram um movimento que culminou com a vinda de Benny Meng ao Brasil para implantar lá o HFY Wing Chun que seria (segundo ele) o estilo original e que os demais seriam versões públicas de estilos vindos do Hung Suen (Barcos Vermelhos).
No final das contas provou-se que o Benny Meng enganou as pessoas por não ter ensinado HFY, mas seu próprio sistema, além de vender diplomas de YMWC e o próprio HFY tinha uma história para lá de mal contada, com um mestre que em quarenta anos não teria ensinado qualquer coisa além de forma SLT (a primeira forma do sistema). Este esforço, embora frustado, de muitas pessoas que conheci, teve um grande valor para a história do Wing Chun, e isso não pode ser desprezado, ou esquecido.
Conheci pessoas fantásticas durante este período, a quem admiro muito, e que não necessariamente estiveram envolvidas nestes eventos, a saber: Leonora Melo (TYD Wing Chun), Marcelo Alexandrino (que introduziu o HFY no país, hoje no Choy Lee Fut), Thiago Pereira (MYVT, o melhor blogeiro das tradições do Ving Tsun no país em minha opinião), dentre outros. Mas também há hoje quem venda curso de formação "avançada" em três meses! Ninguém pode dizer que o Rio não faz história no Wing Chun, seja como for.
Até onde sei existem escolas de Applied Wing Chun no Rio. Procure, mas mantenha contato com a MYVT porque eles de uma ótima técnica (meu aluno Dido de Pernambuco foi aluno de aluno deles, e realmente me surpreendeu) tem um respeito pela cultura chinesa que é uma coisa maravilhosa. Tenho alunos vindo de Manaus para treinar, isso mostra o quanto a vontade pode mover-nos até nossos objetivos. Se você quer muito isto, vai conseguir.
Abraço,
Marcos
Acho que esta se for a melhor, está entre as melhores entrevistas de Sifu Marcos. Sinceridade total, domínio amplo do assunto e sem floreios exatamente como é o Wing Chun.
ResponderExcluirConsigo até visualizar ele mesmo falando em algumas respostas :D
Realmente me encho de orgulho por saber que minha escolha dele como mestre foi acertada.
Grande abraço Sifu e parabéns mais uma vez.
O aluno de Manaus mencionado acima, sou eu. O investimento financeiro, de tempo, esforço vale cada centavo.
Deixo aqui meu depoimento pós treino, caso alguem tenha interesse em fazer o mesmo.
http://blogdodido-dido.blogspot.com.br/2013/03/depoimento-de-fernando-lempe-sobre-seu.html
Great!
ResponderExcluirPara mim é uma grande honra em tê-lo como amigo, e também um grande incentivo para continuar aprendendo essa maravilhosa arte marcial que nos ensina a nos conhecer melhor. Sucesso Sifu.
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